13º Dia em Bissau

Nesse sábado eu preguei na devocional do Canzion, foi uma benção realmente, me senti muito a vontade pra falar e em ver que a maioria deles tem me entendido, quando chego na sala e olho para os alunos, sentados, alimentando suas expectativas sobre o que o professor branco vai falar, lembro-me da responsabilidade, e do porque estou ali, isso cobre minha saudade, cobre minha “solidão”, minha falta de casa e amigos.

Deus sabe tem tratado isso de uma forma maravilhosa, suprindo minhas necessidades e carências com sua palavra e seu amor.

A tarde fomos a Casa Emanuel um orfanato perto do aeroporto onde moram um casal de amigos brasileiros, o Daniel e a Janina, eles estão lá trabalhando com essas crianças que na maioria das vezes são abandonada pelos pais, raras as vezes que são órfãs. Foi um momento muito especial poder ver o trabalho feito com essas crianças e poder acompanhar, eles tem uma escola, um hospital onde trabalham os amigos Juan e Flávia, argentinos enfermeiros.

Estar com crianças que vivem protegidas dentro dessa casa me fez fortalecer a mentalidade de quão importante são esses projetos e essas iniciativas. Ali eles estão longe de todo o perigo de África, ali eles são ensinados sobre a palavra do Senhor, ali eles são alimentados 4 vezes ao dia, ali eles são cuidados com muito amor e carinho por pessoas que os amam mesmo sem conhecer suas histórias, suas famílias.

Quero poder ter a oportunidade de voltar naquele lugar e estar junto com essas crianças.

Como com brasileiro tudo acaba em futebol, fomos ao ginásio jogar com os garotos, e todos queriam jogar comigo, achavam que eu jogava bem, (é o peso da camisa, hehe) depois que montei meu time fui conhecer meus jogadores e perguntei o nome de um, ele me disse: Kaká, e o outro falou: Eu sou o Ronaldinho, logo eu estava com meu time cheio de craques. Foi muito legal e emocionante, me senti como Jesus e o “vinde a mim as criançinhas”.

Agora sempre que orarem por mim, lembrem-se de orar pela casa Emanuel, e pelos missionários que lá moram e vivem.

Taveira Junior

17 de setembro de 2011.