Um pouco do cristianismo no Sec XIX

Uma Nova Fronteira Social


Sec XIX, Gra-Bretanha domina o período, na Inglaterra ocorreu a revolução industrial, os mares eram da Marinha Inglesa, Londres o pólo financeiro do mundo e o maior império em extensão foi o Britânico. Muitos Cristãos se dividiam entre o medo e a esperança dessa nova fase do cristianismo europeu, esse crescimento gerou dois grupos, os protestantes ingleses (igreja Anglicana) e os não-conformistas (Metodistas, batistas e outras). Nesse segundo grupo encontramos nomes como de John Wesley e George Whitefield que iniciaram o era do movimento evangélico, os não-conformistas não eram igrejas no sentido tradicional e sacramental, eram um grupo de cristãos evangelistas que aproveitaram essa expansão marítima inglesa como porta para outros “mundos”. Os fiéis a Igreja anglicana aprovavam seu governo Episcopal, mas queriam mesmo era trabalhar com os não-conformistas.

A comunidade de Clapham era um grupo de cristãos ricos em sua maioria que lutavam pela melhoria política do seu país liderada por Willian Wilberforce. Esse grupo foi responsável por criarem muitas causas evangélicas voltadas às questões sociais, a mais importante foi a luta pelo fim do tráfico de escravos Africanos as Índias Orientais, isso fez com que esses cristãos se unissem aos não-conformistas, afinal ambos lutavam pela mesma causa, a sociedade. Por outro lado surge o movimento de Oxford, completamente oposto ao movimento não-conformista e o de Clapham, os homens de Oxford se preocupavam com a sociedade inglesa, aos poucos pessoas não cristãs iam conquistando opinião e influencia sobre a igreja. O seu objetivo era afirmar que a autoridade da Igreja não dependia da do Estado.

Willian Carey foi considerado o pai das missões modernas, por conhecer as maneiras e necessidades da propagação do cristianismo, em 1792 Carey e seu companheiro de jornada Fuller, mais onze colegas fundaram a Sociedade Missionária Batista. Paralelo ao movimento de Carey e Fuller surge o milenialismo onde Jonathan Edwards afirmava que propagar o evangelho traria o reino de Cristo venha a terra, idéia mais tarde vivida por Beecher.

Surge nesse período a criação da sociedade voluntária por Carey, com o intuito de criar um grupo de cristãos sérios que levantavam informações, fundos e selecionavam os missionários para o campo. Esse projeto interferiu diretamente nas formas administrativas das igrejas e tornou possível ações entre elas, anglicanos, batistas, metodistas e congregacionais, todos trabalhando juntos sem levantar questões de cada denominação. Esse trabalho fez com que os Estados Unidos criassem fundações assim, e a evangelização de pagãos entrou como atividade fundamental das igrejas americanas. Uma grande barreira nesse período era a cultura, os missionários achavam que o evangelho era da maneira deles, por isso, evangelizar um hindu era transformá-lo num português, de fato o cristianismo é uma revolução na crença e estilo de vida, por esse motivo hoje os cristãos em países islâmicos ainda são minoria. As marcas do cristianismo moderno foram: o voluntarismo onde não havia interferência do estado no evangelismo; o movimento missionário era organizado e com estrutura, diferente do inicio da expansão missionária; surgem os ministérios humanitários, compostos por professores e médico. Esse movimento missionário devolveu o evangelho ao centro do Cristianismo.

No sec. XIX a visão de uma América cristã era um tema dominante no protestantismo, o que fazer com uma sociedade “virgem” que precisa ser “catequizada” ao cristianismo? Os cristãos da época viram na América um interesse pela sociedade. O oeste dos Estados Unidos, era um lugar de violência por causa das guerras entre índios e colonizadores, terra sem lei, que com o tempo foi domada pelos cristãos através da sociedade voluntária e do avivamento. Uma Carta de Direitos autorizava as igrejas a praticarem sua fé e crença livremente, isso permitiu que os cristãos criassem sociedades diversas para discutir os assuntos pertinentes as denominações. Um grande nome do avivamento americano por volta de 1800 foi James McGready, em seguida aparecem Charles Finney, D. L. Moody e Billy Graham, mas apesar de uma democracia com base cristã ser o regimento americano no período, os americanos ainda tinham escravos, esses escravos tiveram acesso ao “Deus do branco” e aos poucos tornaram-se cristãos. Porém foi uma causa de muitos conflitos entre o Norte e Sul, um condenava e o outro defendia e escravidão, ambos valiam-se dos mesmos símbolos, a Bíblia, um paraíso, um inferno, Jesus Cristo, um caminho de salvação, como então Deus estaria do lado de um e não de outro? Abraham Lincoln entra em cena, ele dizia que os cristãos não poderiam usar a vontade de Deus para seus interesses. Guerras e sangue marcaram o período, surge o choque cultural na América evangélica. Negros ganham força, se estruturam, enquanto Darwin em 1859 publica “a origem das espécies”, que causou o choque da fé, se Darwin estava certo, Deus era o criador mesmo? Outro choque foi uma expansão industrial que trouxe pessoas de várias partes do mundo com opiniões variadas sobre os conceitos cristãos. O principal choque se deu da evolução do conhecimento humano, muitos estudiosos achavam no direito de questionar verdades bíblicas e lançar como teses aos povos, todos esses choques causaram evidentemente divisão entre cristãos, uns achavam que tudo isso era benção enviada por Deus, e outros resistiam à elas como ameaças a mensagem bíblica. O sonho de uma sociedade milenialista de Beecher estava enfraquecendo pela guerra entre os estados. Definitivamente o sonho de Beecher estava morto.

About the author

Admin
Donec non enim in turpis pulvinar facilisis. Ut felis. Praesent dapibus, neque id cursus faucibus. Aenean fermentum, eget tincidunt.

0 comentários:

Template by Clairvo Yance
Copyright © 2012 Taveira Junior and Blogger Themes.